sábado, 15 de maio de 2010

A visita do Papa Bento XVI


Olá!

Agora que o Papa se foi embora de Portugal, e levou consigo as peregrinações e manifestações de fé, o nosso país e sociedade voltam à sua habitual e tão estimada vida desespiritualizada, centrada maioritariamente em dinheiro e status quo. Este cantinho à beira-mar plantado regressará, assim, á vidinha costumeira de quem, como diria o grande Confúcio, "perde a saúde para ganhar dinheiro, perdendo depois dinheiro para recuperar a saúde". Pena que assim seja.

O MiraLua não é um Blogue Católico. Sequer religioso. É, isso sim, Espiritual; o que significa, fundamentalmente, que encaramos o ser humano como incompleto se, à semelhança dos seus lados físico e psíquico, não cuidar da sua Alma, o veículo primário que o conecta à fonte criadora da qual provém, e a tudo o que, consigo, perfaz a criação: o Universo.

Assim, somos adeptos de tudo o que, de maneira positiva e bondosa, encaminhar o homem no sentido do espírito consciente e consciencioso de si e de tudo o que o rodeia, sem reservas ou moralidades inúteis; pois, o que importa verdadeiramente, é sermos capazes de nos tornarmos bons. Só assim, entendemos, o homem merece ser chamado de humano. A doutrina católica é, apenas, um desses meios.

A figura do Papa representa, para a vasta maioria dos Portugueses, uma das representações mais importantes do seu espírito, uma vez que Portugal é um País maioritariamente Cristão e Católico. A instituição Papal é símultaneamente símbolo de liderança espiritual e de Fé. Logo, é suposto cristalizar em si ensinamentos de rectidão e tolerância, aspectos amplamente positivos para todo aquele que queira crescer e evoluir. É, portanto, de suma importância, que se dê a devida relevância a esses aspectos positivos na vida quotidiana. Não basta "bater com a mão no peito" em cada missa de domingo, para depois maldizer, prejudicar, ou julgar outrém na conversa de café, na reunião de família, no emprego, ou, talvez o mais importante de tudo, no contacto com os integrantes de outras religiões, fés, ou crenças. Cristo foi um homem que praticou a tolerância e a boa vontade. Sigamos todos esse exemplo, e é o que receberemos em troca.

Num país dividido entre o fútil e o cinzento, obcecado por contas bancárias e off-shores, a visita do Papa, elo privilegiado pelo povo Português ás coisas da Alma, entendemos (não confundindo as más condutas individuais de alguns membros da Igreja, com as doutrinas de fundo baseadas nos ensinamentos de Cristo), e á semelhança do que diz o querido Dalai Lama, que qualquer religião bondosa tem a capacidade de transformar qualquer pessoa num ser feliz e de bom coração. O que lamentamos, é a interpretação errada e a militante adulteração que ao longo dos séculos têm tolhido esse que é o verdadeiro objectivo de todas as fés, em prol de benesses mundanas, que apenas resultou em Guerras, torturas e sofrimento. Alguém pode acreditar que se pode ser feliz matando, submetendo, ou torturando? O mero pensamento destas atrocidades instiga-nos uma tal dor e angústia que facilmente se percebe que a felicidade se terá necessariamente de situar nos seus opostos.

Não pretendemos com estas palavras desenterrar o passado (ou presente) reprováveis das religiões; mas "aqueles que esquecerem o passado estão condenados a repeti-lo". Queremos um Mundo regido pelas notas positivas das crenças. Não pelas negativas. E isso só depende de cada um nós.

O caminho para o espírito começa no nosso carácter. Demos-lhe atenção. Ponhamo-lo em prática. Independentemente da nossa fé ou cença. Sejamos UM.

E amanhã, o Mundo será melhor do que hoje e ontem.

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